terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Mais uma vez Miguel surpreende Nalu com suas atitudes e seus pensamentos.

Final de tarde começa a armar uma trovada, o céu enegreceu de tal jeito que quem visse com toda certeza declararia o fim do mundo. E logo começou a relampejar, da janela seu quarto Nalu via um resquício de céu claro ao sul. “Quer ver que nem vai chover tanto.” Ela realmente preferia pensar assim, tinha que sair, PRECISAVA sair. Acima de tudo precisava por um sorriso no seu rosto e quem o faria? Miguel, ele somente ele.
Tudo bem que ultimamente Felippe até poderia fazer-la sorrir, porém com Miguel era certeza.
Como imaginado a trovoada armada em nada deu, apenas alguns minutos de chuva, quando a chuva cessou já era seis e meia, Nalu como em um pulo saiu do quarto:
- Mãe! Vou pra dança. – falou ela parada em frente a porta do quarto de sua mãe.
- Mas filha, com essa chuva?
- Nem ta chovendo mãe - entrou no banheiro.
Tomou um banho rápido demais, pois tinha meia hora para se arrumar. Aprontou-se, jogou guarda-chuva, carteira, tênis e mp4 na mochila e saiu. E deu tempo de tudo.
Quando estava chegando, na medida em que se aproximava ia ouvindo a voz de Miguel se aproximar e aquilo com certeza já a alegrou.

Nalu entrou então em loucos devaneios, Miguel falando e certamente notando a menina fora do ar a olhava fixamente nos olhos e isso a trazia de volta ao mundo.
E assim passou-se duas horas, apenas admirando sua inspiração. Absorvendo cada palavras, prestando atenção em cada movimento ensinado. Quanto carinho guardado por aquele homem.

Na hora da despedida Nalu e Gabriela estavam sentadas conversando, Miguel abaixou-se deu-lhe um beijo na testa, segurou-lhe a mão como em despedidas e logo soltou, olhou para o lado e apenas deu um tchau a Gabriela pegando suas mãos e logo soltando.

Valeu a correria.


Clara Martins Vieira

Nenhum comentário:

Postar um comentário