sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sexta-feira, 19h43min

Nalu chega em casa radiante, com um sorriso bobo nos lábios e olhar distante.
Os planos de ir ver Miguel foram interrompidos por um simples elemento.
O elemento:
Felippe
Nalu acordara perto das duas da tarde, totalmente a contra gosto! “Por que acordamos se estamos tendo um sonho tão bom?!”
Há tempo que não sonhava que beijava Felippe, porém dessa vez foi diferente, foi especial, foi com gostinho de realidade. Quando abriu os olhos ainda sentia o gosto da boca dele na sua.
Ela levantou para almoçar, quando saiu da mesa voltou para a cama e ficou ali curtindo a lembrança do sonho. Tudo igual, o toque, o cheiro, o gosto, idêntico ao os que ela já provara duas vezes.

O sonho.

Na verdade ela não lembrava muito bem, e nem precisava!
Muita enrolação pra chegar na melhor parte, o beijo. Ai esse sim ela lembrava bem demais!
Mas alguma memória muito remota a dizia que o sonho tinha se passado em uma festa, tinha muita gente, muita menina dando em cima dele e ele sempre perto de dela.
Quase no final, ELA chegou nele e os dois ficaram.
Basicamente, foi isso.
E depois disse obviamente foram “mãos e braços, beijos e abraços”.

Bem, não tem muito como explicar né?!

A tarde.

Rolando de um lado pro outra da cama, viu a novela, viu filme, cochilou, olhou pela janela. Fez de tudo! Mas nada tirava dela aquela sensação de dentro do peito.
Pulou da cama, tomou banho e foi até o trabalho de Felippe, apenas de passagem. Seu objetivo real era ir ver Miguel. Mas Felippe a prendeu de tal jeito que até esqueceu de pegar ônibus às 19h.

Uma coisa que realmente incomodava Nalu era o risco iminente de Felippe entrar para o exército e ela o perder.
Fazer o que? Desde que o conhecera é assim, ele falando em exército, aeronáutica. E ela sempre atrás tendo calafrios só de pensar em te-lo longe de seu convívio. Mas a de tudo dar certo.

Acostumar.

Clara Martins Vieira


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